segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Versos Solitários

I

Eu vou correndo a luz da lua cheia
E nisso o vento traz a sua voz
Enquanto o rio deságua tão atroz
Em minha face, o rio em cheia anseia.

O sino soa á meia noite e meia
Em si se perde as águas lá na foz.
E assim se encontra o coração a sós
Que pelas veias sangue não bombeia.

II

Em seu lamento espero julgamento:
Por quanto tempo terei de aguentar?
E quantos anos terão de passar?
Eu inocento o tempo e jogo ao vento.

E nessa angústia estendida ao relento
Os dias vão como quem quer ficar
Na solidão que está no caminhar
Das boas notas no andamento lendo.

III

Ser um ser só sendo só sem sentido
É ser escasso, simplório e distante,
Visto que somos somente no instante
Que suplicamos o tempo perdido.

Se em solidão você fica escondido
Não saberá o que é que te espera avante,
Quero coragem e seguir adiante
Para saber a que venho vivido.

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