domingo, 4 de setembro de 2011

Soneto dos Trovões

Espadas que pelo fogo afiadas
Rasgam profundamente a escuridão
Correntezas flutuam picotadas
E não se escuta um único trovão

Onde os colocaram? Onde estarão?
Estarão nas secas grutas cavadas
Pela água abandonada em vãos do chão
E que são, pela luz, desabitadas?

Mais um raio e o solo se apavora
Sopra o vento com a rouca garganta
Reverbera um som grave e se agiganta

Faça de tudo para irem embora!
Trovões, água e raios, não quero velos
Transformando sonhos em pesadelos!

Um comentário:

  1. **clap clap**

    Sempre gostei do que você escreveu no DeviantArt, e estou feliz em saber que não mudou nada. Soneto perfeito!

    Vou colocar o link do seu blog no meu, como "blog interessante" : )

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